É a partir da década de 80 que começam que começa a história do processo de escolha de diretores, pois é nesse período que surgem revindicações para a redemocratização política do país. A parte daí surge, em vários estados, a eleição para diretores.
Um dos principais motivos para a implantação das eleições de diretores foi a possibilidade do sistema eletivo acabar com as práticas tradicionalistas calcadas no clientelismo.
A eleição para diretor é o processo, que a vontade da comunidade escolar vai prevalecer, pois é uma escolha feita através do voto direto, representativo, por escolha uninominal ou, por listas tríplices ou plurinominais. Essa é a maneira que mais favorece o debate democrático na escola, o compromisso e a sensibilidade política por parte do diretor, além de permitir a cobrança e a co-responsabilidade de toda a comunidade escolar que participou do processo de escolha. de acordo com o MEC (2005), tem sido a modalidade mais democrática já que o processo começa desde a eleição dos representantes do colégio eleitoral até a operacionalização.
Na minha opnião, a eleição de diretor deve ser feita em todas as unidades de ensino do Brasil, mas com alguns critérios a serem adotados para o processo eleitoral como:
1º O candidato a diretor tem que ser professor efetivo da unidade escolar a pelo menos dois anos. Com isso garantiremos que ele conheça toda a comunidade escolar.
3º Em hipótese alguma poderão concorrer a reeleição.
Continua tramitando, na Assembléia Legislativa de São Paulo, o projeto de Lei nº 811/2005, do Deputado Enio Tatto, que "obriga o Poder Público a realizar eleições diretas para Diretores nas escolas da rede Estadual". Veja que o Projeto obriga o Governador, e não o autoriza, como deveria ser.
Paulo Freire, o maior educador que esse país conheceu, diz que a escola é principalmente, lugar de ser feliz. É o lugar onde fazemos amigos inesquecíveis. É onde nos apaixonamos pela primeira vez. É onde descobrimos que a nossa vida é muito maior que a nossa casa. Não se trata apenas de prédios, salas, quadros, carteiras, horários, conceitos, programas. Escola é, sobretudo, gente. Gente que trabalha, estuda, que se conhece, conhece o mundo e se estima. Escola é lugar de produção de conhecimento e de felicidade!
Esta é a escola dos sonhos de muitos, tanto educadores quanto dos estudantes! Mas, como construí-la na sociedade contemporânea marcada pelo individualismo, pela ausência de limites, pela informatização e por mudanças cada vez mais aceleradas em todas as esferas da vida social?
É evidente que não há um livro de receitas. A construção da escola que desejamos é consequência de uma série de fatores. Não é, seguramente, responsabilidade exclusiva do gestor. Mas este é peça fundamental nesse processo.
Esta é a escola dos sonhos de muitos, tanto educadores quanto dos estudantes! Mas, como construí-la na sociedade contemporânea marcada pelo individualismo, pela ausência de limites, pela informatização e por mudanças cada vez mais aceleradas em todas as esferas da vida social?
É evidente que não há um livro de receitas. A construção da escola que desejamos é consequência de uma série de fatores. Não é, seguramente, responsabilidade exclusiva do gestor. Mas este é peça fundamental nesse processo.
Porquanto, pensamos que o diretor com o perfil mais adequado ao modelo de escola acima mencionado é aquele que, entre outras coisas: valorize e aprofunde as instituições democráticas dentro da unidade de ensino como o colegiado, por exemplo; preze pela disciplina e pela organização; comunique-se bem, saiba argumentar, debater e defender ideias e projetos; tenha iniciativa e criatividade. Possua sólida formação acadêmica e aptidão para a pesquisa científica; domine as novas tecnologias e oportunize sua aplicação educacional. Saiba administrar conflitos ao invés de negá-los. Esteja aberto ao novo, repudie qualquer tipo de preconceito e incentive a tolerância, a alteridade e o respeito às diferenças.
Escolha de diretor de escola é coisa muito séria. A eleição para os gestores escolares é uma oportunidade ímpar de repensarmos e discutirmos a própria educação. É uma experiência que deve se converter também em uma aula prática de cidadania. É a escola pública irradiando e ensinando democracia para a sociedade.
PS: A imagem acima da faixada da E.E Cel Ary Gomes é meramente ilustrativa, apesar de ser um dos meus sonhos ver a direção desta escola ser eleita pela comunidade.
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